Catarina Furtado não tem dúvidas que André Ventura: “É um perigo para a democracia”. Não é a primeira vez que a apresentadora critica André Ventura e a festa Chega. Na verdade, é precisamente por causa destas críticas que a anfitriã da RTP travou uma guerra com Maria Vieira, que a atacou nas redes sociais para defender o candidato à presidência da República.
Em setembro, após a polémica convenção do partido, a apresentadora do “The Voice” atacou o Chega junto com outras celebridades. Ela perguntou: “Que cidadãos estamos a criar quando alguns chegam (!!) a propor ‘retirar os ovários às mulheres que optam por um aborto, como forma de castigo?’. questionou.
Em entrevista à TV Guia, Catarina Furtado expressou preocupação com o partido de André Ventura e seus líderes. O palestrante não teve medo dessas palavras, ele reclamou: “É muito fácil ouvirmos alguém falar dos ciganos e, de repente, pensar da mesma forma. Isso é conversa de café.” Isto ainda a propósito dos ataques de Maria Vieira.
Ela nunca temeu qualquer ameaça: “De todo. Não respondi, porque o silêncio é muitas vezes a melhor arma, a mais inteligente.” Sobre a ascenção de André Ventura na vida política portuguesa, Catarina Furtado afirma que tal só acontece porque: “Há muito boa gente que tem ideais e que tem um pensamento humanista e que não se está a chegar à frente. Alguns bons não estão a fazer o seu trabalho”. E não tem dúvidas que o líder do Chega “é um perigo para a democracia”: “Ele próprio afirma que quer uma ditadura, em que são reconhecidos apenas os portugueses de bem. Eu não sei o que isso quer dizer.
É desmontarmos, muitas vezes, aquelas fake news. É desmontarmos as ideias, não os atacarmos. O ataque é a pior das armas. Não se deve atacar o André Ventura com ofensas. É exatamente contrapor as suas falsidades, como a dos ciganos, com argumentos”, afirma deixando um exemplo: “Apenas 3,9% dos ciganos são beneficiários do Rendimento Social de Inserção.””