Encontrada cobra perto Segunda Circular em Lisboa. Esta é uma espécie inofensiva e muito comum em Lisboa.
Diogo Oliveira, biólogo e fotógrafo de Natureza disse ao Correio da Manhã: “É uma inofensiva cobra-de-ferradura, cujo nome científico é Hemorrhois hippocrepis. Esta espécie é bastante comum na cidade de Lisboa. Ela alimenta-se principalmente de roedores e insetos. Nas cidades elas conseguem encontrar este alimento nos espaços verdes, em quintais, em edifícios abandonados, e outros espaços mais apertados (debaixo de entulho, entre outros)”, atirou.
“Elas possuem uma caça ativa, ou seja, não ficam à espera que as suas presas venham ter com elas, invés disso elas procuram-nas ativamente pelo território de caça. Por esse motivo as cobras movem-se bastante e acabam em locais não tão apropriados, ficando à mercê de outros perigos, como automóveis, bicicletas, trotinetes, entre outros.”, disse.

E acrescentou: “Sendo um réptil elas não conseguem regular a sua temperatura, e por isso, nestes dias mais quentes elas preferem ficar escondidas durante as horas de maior calor, usualmente debaixo do solo onde a temperatura é constante (cerca de 18ºC), e acabam por sair apenas de noite para caçar. Nesse período noturno aproveitam as estradas para se manterem quentes, o alcatrão absorve imenso calor e vai-se dissipando durante a noite. Isto permite que as cobras possam caçar durante mais tempo, conservando alguma energia no processo”, referiu.
De acordo com Diogo Oliveira, “não se deve utilizar veneno para o controlo dos roedores, porque indiretamente estamos a eliminar os seus predadores naturais, que desempenham esse papel de borla, devemos sim ajudar os predadores a estabelecerem-se”.