“Ainda espero pelo beijo do meu filho”, é o desejo da mãe de Rui Pedro. Filomena Teixeira e toda a família não desistem ainda que as autoridades tenham desistido de tentar encontrar Rui Pedro.

Vinte e dois anos passaram desde o desaparecimento do menor, de Lousada.
Caso relativo ao desaparecimento prescreveu e a Justiça já não pode responsabilizar mais ninguém.

Filomena Teixeira não esquece o dia 4 de março de 1998, dia em que o filho Rui Pedro, com 11 anos, desapareceu de Lousada. O seu paradeiro continua desconhecido, não há corpo e Filomena Teixeira mantém a esperança viva de um dia voltar a tê-lo nos braços.

Quando se celebrou o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas e Filomena Teixeira todos os anos cumpre um ritual: «Nesse dia, fui pôr uma vela a arder pelo Rui Pedro e rezo uma oração pelos outros meninos desaparecidos».

A mãe de Rui Pedro revela ainda que: «Este ano, tenho projetos, que ainda não posso revelar, para que o meu filho nunca seja esquecido».

Em Portugal, o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas celebrou-se pela primeira vez a 25 de maio de 2004, através da iniciativa do Instituto de Apoio à Criança.

A data surge na sequência de no dia 25 de maio de 1979 ter desaparecido, em Nova Iorque, Ethan Patz, uma criança de seis anos que, tal como Rui Pedro, nunca foi encontrada.

A partir dessa data, pais, familiares e amigos reuniram-se para assinalar o dia do seu desaparecimento e, em 1986, no dia 25 de maio, Ronald Reagan, ex-presidente dos Estados Unidos da América, decidiu dedicar a data a todas as crianças desaparecidas.