Já sentiste raiva de ti mesma por teres um coração tão bom com quem não merece?Quantas vezes já te questionaste porque é que continuas a acreditar nas pessoas que na primeira oportunidade, ou na tua queda, te viram as costas?
Quantas vezes foste o primeiro a ajudar quem mais precisa e quando és tu ficas sozinho?
Cada vez mais as pessoas não sabem o significado da palavra “companheirismo”. Cada vez mais as pessoas se isolam numa vida artificial. Usam-te como se fosses uma publicação de Instagram, que vá dar mais seguidores e depois bloqueiam-te.
Porque? Porque é que ainda lhes dás valor? Porque é que ainda não conseguiste meter o botão “das pessoas que não valem nada” no OFF?
Quantas vezes não sentimos raiva de nós mesmos por termos um coração tão bom com quem não merece, e nos arrependemos de nossa bondade, docilidade e generosidade para com aqueles que simplesmente não estão nem aí?
Quantas vezes não sentimos que perdemos o nosso tempo alimentando relações unilaterais, tentando ser gentis, atenciosos e amorosos com quem jamais se importou? Não se trata de endurecermos o nosso coração, de deixarmos de lado a doçura e a delicadeza, mas sim de aprendermos a separar o joio do trigo.
De começarmos a ser mais afetuosos com nós mesmos, e com isso aprendermos a distinguir o que deve ser valorizado do que tem a obrigação de ser ignorado.
Não deves deixar que essas pessoas te tornem numa pessoa má. Não guardes contigo os exemplos de egoísmo, vingança e frustração, torna-os em aprendizagens que te levem a ser uma pessoa melhor.
A vida acontece uma vez. E tu tens esta oportunidade e duas hipóteses, ou cancelas estas pessoas más da tua vida ou tornas-te uma pessoa mais forte e acreditas que serás feliz.
Tem sempre em mente que não precisas ser útil para ser amado; que quem te ama de verdade não está nem aí para a tua utilidade, para a tua serventia, para o teu aproveitamento. E isso tem que ser o suficiente para relaxares, deixares de ser tão exigente contigo mesmo ou almejar a perfeição. Isso tem que ser suficiente para respeitares os teus limites e finalmente deixares para trás quem maltrata o teu coração.
Créditos: Fabíola Simões (adaptado)