Com autismo, um jovem formou-se em medicina e destaca-se na profissão. Após ser diagnosticado com autismo, o jovem brasileiro de 26 anos, formou-se em Medicina, conquistou o seu primeiro emprego e agora recebe o carinho dos colegas de trabalho e de centenas de pacientes. “Se ele não fala que é autista, ninguém percebe”, afirma a enfermeira Paula Sela, coordenadora da Unidade de Saúde da Vila Cardoso, em Rondonópolis.

O jovem precisou de muito esforço durante os seis anos de faculdade para interagir com os colegas e atender os seus primeiros pacientes.
“Chegar à neurocirurgia é um dos principais objetivos da minha vida, mas também quero casar e ter filhos”, diz ele.

A mãe do jovem afirma que “Quando ele começou a falar, percebi que apresentava ecolalia porque a resposta dele sempre era igual à pergunta que eu fazia”, recorda.

A mãe pesquisou e “Pensei que ele tivesse autismo, então li muito a respeito do tema e descobri que deveria estimulá-lo para se desenvolver”, relata a psicóloga, que incentivava o filho a desenhar, ler, escrever e tocar instrumentos musicais. “Isso o ajudou e ele foi aprimorando as suas habilidades”.

O autista também é focado no que faz e isso ajudou-o: “Nunca fui um dos melhores alunos da turma, mas me destacava em alguns assuntos e nunca reprovei”, afirma o rapaz.

jovem forma-se em medicina

Agora, além de trabalhar como médico e sonhar com a especialização em neurocirurgia, Enã também acompanha a família no projeto “Autismo na Escola” que começou há três anos para mostrar aos estudantes que é enriquecedor conviver com as diferenças.

Créditos: Gazeta do Povo