A mãe das gémeas brasileiras fez uma escolha radical para garantir a segurança das filhas. Daniela Martins, mãe de Maitê e Lorena, enfrentou um caso controverso que capturou a atenção pública em Portugal.
As suas filhas, diagnosticadas com Atrofia Muscular Espinal (AME), receberam o Zolgensma, conhecido como o tratamento mais dispendioso do mundo, com cada dose a custar aproximadamente dois milhões de euros.
Em Portugal, este medicamento começou a ser disponibilizado gratuitamente, tendo demonstrado resultados promissores na melhoria da condição de saúde das crianças afetadas por esta rara enfermidade.
Contudo, surgiram questões sobre a rapidez com que as meninas luso-brasileiras receberam o tratamento, levantando suspeitas de influência indevida e possível favorecimento.
Daniela Martins, agindo como qualquer mãe faria na procura pela saúde dos filhos, viu-se envolvida numa investigação que inclui figuras públicas como Nuno Rebelo de Sousa, António Lacerda Sales e Luís Pinheiro.
Após extensos interrogatórios numa comissão parlamentar, e diante de uma onda de hostilidade, Daniela optou por encerrar a conta de Instagram dedicada às suas filhas, numa tentativa de proteger a sua família do escrutínio e da negatividade que se intensificou durante o processo.
Este caso sublinha a complexidade das questões éticas e legais que podem surgir no acesso a tratamentos médicos de alto custo e a influência que a opinião pública pode exercer sobre decisões pessoais e familiares.