A mãe de Marie falou do drama vivido com a filha: “Tornou-se muito agressiva”. É sabido que ambas mantém uma relação distante.
No podcast de António Raminhos a ex concorrente afirmou: “Eu não me lembro de a minha mãe nunca me ter dado um beijo sem ser na hora de dar beijos na missa. Eu tinha uma revolta interior que eu compreendo, mas ainda tenho uma dor quando penso nisso. Eu lembro-me que eu chorava no meio da missa e até deixámos de ir porque era uma vergonha eu chorar ali. Era tudo com base no que os outros vão pensar”.
Isabel Pinheiro, a mãe da jovem, esteve à conversa com a revista ‘TV Guia’ e deu a sua versão dos acontecimentos: “A primeira vez que a levei a um psicólogo tinha 11 anos. O médico olhou para ela e achou que estava depressiva, com o olhar perdido”, recordou. Perante este diagnóstico decidiu levar a filha a um pedopsiquiatra: “Disse-me que era anorexia. Fiquei apavorada. A gente ouvia falar, mas sentir na pele é completamente diferente. A médica disse-me que isto era uma doença demorada. Leva tantos anos que ainda hoje não está resolvido”, revelou.
E continuou: “Dizia que não queria comer e atirava-se para o chão a espernear. Parecia que estava possuída… Não era normal. Tornou-se muito agressiva connosco dentro de casa, principalmente comigo. Era eu quem a contrariava. Obrigá-la a comer era quase uma sentença de morte”. Marie é vegetariana há já quatro anos e tem no pai o seu grande apoio. O Martinho sabe que está errado, mas como é filha permite. Eu digo-lhe que ele não pode fazer tudo o que ela quer“, disse a mãe da jovem.
Isabel Pinheiro fez ainda um apelo: “Desafio uma equipa de médicos que consiga dar uma solução a isto. Sinto que os médicos têm medo de pegar no caso da Manuela. Se houver solução, estamos dispostos a pagar“.
“Fui maltratada pelos médicos. As coisas não estavam bem e achavam que eu estava a exagerar. Eu é que lidava com ela a 100%. Quase me acusaram de violência doméstica, de estarmos a atrofiar a nossa filha e mandaram-nos deixá-la seguir a vida dela”, acrescentou.
Ela termina afirmando que “há um grande desamor” de Marie: “Se eu falar bem para ela ainda goza comigo”.