O pesadelo de Marie no regresso a casa e as graves consequências emocionais! Marie, de apenas 20 anos de idade, é natural de Estela, uma pequena povoação perto da Póvoa do Varzim.

ao falar da mãe revela: “Sinto que ela refletiu em mim o que nunca conseguiu, acho eu. Dizia que eu não era normal. Eu sei que ela nunca me aceitou como eu era. É das pessoas que mais me magoaram no meu crescimento, mas ainda assim eu amo-a”.

Depois da saída do Big Brother a sua vida voltou normal e Marie regressou ao quarto onde sempre se refugiou de tudo.

As primeiras semanas depois da saída do Big Brother trouxeram presenças, concertos, a proximidade de famosos, os pedidos de selfies, a popularidade que nunca havia tido: “Vivi duas semanas no sofá de uma amiga e este domingo mudei-me para o sofá de um amigo. Não sou esquisita”, disse. 

Mas, dois meses depois de ter abandonado a casa mais vigiada do País, Marie viu-se obrigada a voltar para casa: “Hoje acordei de novo aqui. Tudo parece abstrato e só, inclusive a alegria de existir. Sei que é passageiro e está tudo bem”, começou por desabafar. Tem sido difícil desde a saída da casa [do ‘Big Brother’] perceber onde é o meu lugar, sinto quase como se não pertencesse a lado nenhum às vezes, por mais que seja apenas fruto da minha imaginação, talvez. É um processo que tem mexido mesmo muito comigo mas estou só a tentar aceitar os meus sentimentos e aprender a geri-los. Talvez seja necessário conseguir encontrar esse espaço em mim e no mundo físico para depois conseguir criar.”

Quintino Aires já deu o alerta: “Já passou o êxtase e agora veio a ressaca. Esta participação pode ter mexido muito com ela. Ao fim de 20 anos de reality shows já devíamos ter percebido que a exposição nos destabiliza. Requer que tenhamos recursos emocionais fortes, quando eles não existem tudo isto pode ainda ser mais desgastante. É perigoso! E isso é o que acontece neste caso.”, disse.

E continuou: “A Marie não tem suporte emocional. Ela acha que o pai é essa base mas eu não considero que seja. O pai é uma fonta de satisfação de vontade. Um pai que nunca diz que não, não é um suporte emocional (…) De repente, ela volta ao anexo. Ao anexo que construiu para não estar no mesmo espaço que os pais, onde sonhava sozinha mas onde, principalmente, se isolava. Foi construído para isso.”

Quintino acrescenta: “É como um sonho que, de repente, acabou. A Marie esteve numa casa rodeada de pessoas que gostavam dela ou que, pelo menos, a aceitavam. Estava na televisão, que era outro dos seus grandes desejos. Tudo se realizou e agora volta para o cantinho que, mais do que nunca, ainda lhe parece pior e mais vazio.”

E acrescenta: “Pode entrar num processo depressivo muito profundo e pode ainda ter consequências mais graves. Consequências que é melhor nem pensar muito nelas mas que são ideias que surgem desse vazio emocional e que são opções que surgem com o avançar da idade. Muitas delas tiveram fins tristes. Há famosos que aos 27 anos – idade que se tornou “famosa” por isso – tiveram um final trágico.”