O Presidente da República prepara o país para estado de emergência no Natal: “O país que vai viver em estado de emergência tanto tempo quanto for necessário para quebrar a curva de infecções, internados e óbitos. Não hesitarei um segundo a propor a renovação do estado de emergência a 23 de Dezembro”.

“Que não se facilite, portugueses e responsáveis políticos, em Dezembro. Porque importa tentar conter fortemente em Dezembro o processo pandémico, mesmo que ele dias antes aparentasse passar o pico da chamada segunda vaga. Isto porque prevê-se já uma terceira vaga entre Janeiro e Fevereiro que será tanto maior quanto maior for o número de casos um mês antes”.

“No pensamento de todos está a brutal pressão sobre o SNS e mesmo sobre o sistema nacional de saúde, pressão que vai aumentando. Cumpre evitar situações críticas generalizadas na capacidade [dos serviços de saúde], tanto de resposta como de prevenção, será dramático tanto para doentes covid como não covid”

“Mesmo os que não entendem ou aceitem o eco que tem a pandemia na sociedade e no mundo, terão de admitir que há doentes internados em cuidados intensivos e doentes não-covid prejudicados”.

“Todos sofremos, mas há quem sofra em primeira classe, em segunda classe, em terceira classe – e há quem sofra nos porões. Vamos baixar os braços? Não, vamos fazer o que fizemos sempre […], não desistindo e tendo que refazer vidas […], mais unidos que divididos e fazendo o futuro a partir de um presente incerto, mas nunca desistindo”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.