O único Primeiro Ministro a entregar o país mais pobre do que o recebeu foi Passos Coelho, desde pelo menos 1976.
Estavamos em 2015 quando num debate, António Costa acusou Passos de ter deixado o país mais pobre do que quando o recebeu, apresentando um gráfico e acusando Passos Coelho de ter deixado o país mais pobre do que quando o recebeu, ao contrário do que sucedeu com os seus antecessores. No gráfico recua apenas até ao mandato de António Guterres.
De todos os 13 líderes do Governo (Mário Soares duas vezes), apenas Passos Coelho terminou um mandato com o PIB de valor mais baixo, em termos reais, do que o de quando tomou posse.
Esta conclusão foi tirada ao comparar-se o valor do PIB no trimestre anterior ao da data de tomada de posse de um primeiro-ministro com o valor do PIB do trimestre em que se conclui o mandato.
Passos Coelho registou nos quatro anos cumpridos uma redução real do PIB de 4,5%. O segundo pior resultado foi de Durão Barroso que também estando o páis em crise na altura da sua governação não conseguiu mais que um crescimento de 0,2%. Em terceiro, aparece o mandato de Mário Soares que necessitou também na altura do FMI no país tendo a economia crescido 0,7%.
Os melhores resultados foram de Cavaco Silva tendo em consideração também os anos em que governou e onde registou um crescimento de 50,2%, e de António Guterres, com um crescimento de 25,4%, entre 1995 e 2002.
Assim, Passos Coelho deixou de ser primeiro-ministro após as eleições sendo o primeiro, desde pelo menos 1976, a registar uma quebra no PIB durante o seu mandato: “[Passos Coelho] Entra para a história como o único primeiro-ministro que entrega o país com menos riqueza do que aquela que recebeu”.
Créditos: Publico